Projeto: Diversidade Histórica e Cultural de Paratinga
Idealizadora: Marlice Cantunília Pereira da Silva
Formação: Pós - graduada em Gestão Pública- UNEB
Paratinga – Bahia
Março - 2013
“Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as
pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem se ensinadas a
amar”.
(Nelson Mandela)
Projeto
Tema:
Diversidade Histórica e Cultural de Paratinga
1.
Apresentação
O
presente projeto é uma ação histórica cultural e educativa; fundamentado em uma
realidade das vivências do povo paratinguense que traz sua herança nas
diversidades artísticas e culturais das matrizes africanas, indígenas e
européias. O seu papel é trabalhar o resgate e valorização das várias
linguagens artísticas (falas, dialetos, manifestações culturais e
religiosidade).
2.
Objetivo Geral
Trabalhar
o resgate e valorização das diversas culturas e as suas várias linguagens
artísticas nas escolas do município de Paratinga, visando contribuir com a
formação de professores e estudantes e despertar o sentimento de pertença e a
construção da sua identidade cultural.
3.
Objetivos específicos
1°
Verificar durante a visita escolar se a pratica docente tem desenvolvido
atividades que contribuam para a valorização da Arte e Cultura local.
2°
Identificar as possíveis dificuldades dos docentes em desenvolver atividades
que valorize a arte, a cultura e a diversidade cultural, e propor alternativas.
3°
Estimular os educadores e educandos a valorizar as diversas culturas presentes
em nossa cidade.
4°
Desenvolver o senso de tolerância e respeito à diversidade étnico-cultural.
5°
Sensibilizar os educandos para a construção e relações de parcerias e respeito
à diversidade.
4.
Justificativa
O
presente projeto se veste de intenções de caráter progressivo no tocante á
busca por ações de gestão pública municipal que priorizem uma educação que
reconheça as especificidades dos diferentes contingentes culturais que dão
forma à nação brasileira.
Pensar
em diversidade cultural no Brasil significa refletir sobre a história da
população do país e a construção da sociedade brasileira que aqui se
estabeleceram.
A
cultura de um povo é formada por vários elementos como crenças, idéias, mitos,
valores, danças, festas populares, alimentação, modo de vestir, entre outros
fatores. É uma característica muito importante de uma comunidade, pois, a
cultura é transmitida de em geração e demonstra aspectos locais de uma
população.
O
Brasil por conter uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e
miscigenada, com grande quantidade de descendentes de europeus, africanos,
asiáticos e índios, apresenta uma vasta diversidade cultural no seu povo.
Dessa
forma,
”Diversidade cultural são diferenças culturais
que existe entre o ser humano. Há vários tipos; tais como a linguagem, danças,
vestuário e outras tradições como a organização de sociedade. É algo associado
à dinâmica do processo associativo” (Wikipédia).
Segundo
Mizuno (2011), uma das razões que levou o autor do projeto de lei que deu
origem ao Estatuto da Igualdade Racial, Lei n 12288/2010, inaugurando o
estatuto foi à proteção à diversidade cultural que por ser uma preocupação de
todas as sociedades, já que a diversidade cultural é uma característica
essencial da humanidade constituída desse modo, um patrimônio com que deve ser
valorizado e cultivado em beneficio de todos. Cuja diversidade se forma através
do tempo e do espaço, bem como se manifesta na originalidade e na pluralidade
das identidades existentes na sociedade.
Para
o autor, a diversidade é responsável por fomentar os valores humanos, tais como
tolerância, respeito e justiça social, indispensáveis á sobrevivência de
qualquer sociedade.
As
diferenças de gênero, etnia, religião, tipo físico, faixa etária, mentalidade,
condição física entre outros, incluindo as de estilo e de visão do mundo,
solidariedade e boa convivência estão se distanciando das nossas práticas
sociais.
O
preconceito mina as relações sociais, um conceito formado antecipadamente inibe
a busca do conhecimento porque ele por si basta. O preconceito da origem a
várias formas de violência e por tais motivos precisa ser combatido. O cidadão
se faz enquanto tal na medida em que se cumprem seus direitos e obrigações. Dessa
forma, a vivência em sociedade exige de cada indivíduo o exercício da
tolerância concretizada no respeito ás diferenças.
A
partir desses pressupostos, surgiu a necessidade da elaboração desse projeto, o
qual objetiva corrigir a defasagem da escola, implementando uma educação que
contemple a diversidade histórica e cultural do município, contribuindo para
uma sociedade mais justa, igualitária e democrática, visando o bem estar de
todos.
Esse
estímulo vale dizer, se torna um elemento decisivo quando se trata de entender
a relação ensino-aprendizagem como uma oportunidade para que os grupos sociais
se defrontem com suas diversidades.
Ao
considerarmos como um recorte os pressupostos da lei 10.639/03, observamos a
necessidade de se adotarem uma série de medidas de ordem teórica e prática que
não só justifiquem, também explicitem a isenção de determinados conteúdos no
processo de ensino-aprendizagem.
Diante
das pesquisas de campo, realizadas pela idealizadora e coordenadora do projeto
para a produção de projetos para a realização do TCC acadêmico e de
pós-graduação e pela vivência no cotidiano escolar, percebe-se que nas práticas
docentes do município até recentemente, não havia desenvolvido ações que
contribuíssem para o conhecimento e a valorização da diversidade artística e
cultural do município, visto que muito dessas práticas estão se perdendo, tudo
isto, pela falta de conhecimento dos docentes a cerca das leis e dos conteúdos
que as mesmas propõem, visando favorecer estes segmentos da população. Daí, a
necessidade da implementação da
proposta.
Neste
contexto, a educação exerce papel fundamental para que ofereça uma educação
para as diversidades culturais, tais como a religiosa, de gênero, cultural,
social, econômica e as várias manifestações artísticas entre outros; e isto só
será possível quando estas de fato se concretizar e estiverem presentes nos
projetos e conteúdos programáticos escolares.
5.
Fundamentação Teórica
O
Brasil é um país do encontro de culturas e civilizações. Ele pode ser definido por diversas situações,
sendo que uma delas é por suas características socioculturais, como um país com
grande diversidade cultural em termos religiosos, artísticos musicais,
culinários, entre tantos outros aspectos.
Diante
disto, aprender e conhecer sobre o Brasil e sobre o povo brasileiro é aprender
a conhecer a história e a cultura de vários povos que aqui se encontraram e
contribuíram com suas bagagens e memórias na construção desse país e na
produção da identidade brasileira.
Quando
os portugueses, por aqui chegaram, encontraram um mosaico de grupos nativos,
indígenas e africanos deportados eram representantes de diferentes culturas e
civilizações. Trouxeram em suas bagagens e memórias coletivas elementos
representativos dessas culturas. Por isso o Brasil, como país e como povo,
oferece o melhor exemplo de encontro de culturas e civilizações.
Assim
cada um desses grupos étnicos ou culturais trouxe sua contribuição para a
formação do povo e da história dos brasileiros; na construção da cultura e de
nossa identidade.
Dessa
forma, aprender a conhecer o Brasil é aprender a conhecer a história e cultura
de cada um desses componentes para uma melhor percepção na cultura e na
história do país. Para o entendimento da “nossa” história e “nossa” identidade
é preciso começar pelo estudo de todos as suas
matizes culturais, indígenas, européia, africana, árabe, judia e
asiática.
Infelizmente
não é isso que acontece na história do Brasil que foi ensinada tradicionalmente
na escola e sistematizada pela historiografia oficial.
Apesar
do processo de globalização, que busca a mundialização do espaço geográfico,
tentando através dos meios de comunicação, criar uma sociedade homogênea,
aspectos locais continuam fortemente presentes. A cultura é um desses aspectos:
várias comunidades continuam mantendo seus costumes e tradições. Por tudo isso,
é que a sociedade contemporânea exige da escola, a inclusão no currículo de
temáticas até então relegadas a um plano secundário.
Assim,
a escola atual não comporta mais um conceito único de sociedade e as demandas
entre a articulação de aprendizagens e a formação de professores para lidarem
com a diversidade étnico-racial e cultural, se constitui um imperativo.
A
UNESCO, Organização das Nações Unidas para a educação, à ciência e a cultura,
reconhece a diversidade cultural como patrimônio da humanidade e publicou em 2001 a Declaração Universal
sobre a Diversidade Dultural. O documento validou um plano de ação com pontos
relevantes sobre a diversidade e pluralismo cultural.
A
UNESCO utiliza uma definição de cultura
cunhada na conferencia mundial sobre políticas culturais (Mundiavel; México,
1982).
“A
cultura deve ser considerada como um conjunto dos traços distintivos,
espirituais e matérias, intelectuais e afetos que caracterizam uma sociedade ou
um grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida,
as maneiras de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças”
(UNESCO, 2001).
Nas
reformas educacionais dos anos 90, o MEC elabora os parâmetros curriculares
nacionais (PCNS) que apresenta os temas transversais. Nos PCNs de história há
crítica á visão eurocêntrica que institui um determinado modelo de identidade
nacional propondo a apresentação de outros sujeitos históricos diferentes
daqueles que dominaram o ensino de história no Brasil. Assim entre os seus
objetivos específicos, está a construção da nação, de identidade, relacionando
identidades individuais, sociais e coletivas.
Avanços ocorridos a partir da democratização
do país contribuíram para a garantia de novos direitos, entre eles destaca-se a
as políticas de igualdade social e o fortalecimento da cultura popular,
amparadas na constituição, artigos 215 e 242 que reconhece a relevância da
contribuição da pluralidade étnica brasileira.
No
tocante a diversidade cultural afro-brasileira, a lei 10.639/03, que estabelece
que ás instituições educacionais a inserção do estudo da África e dos
africanos, a luta dos negros do Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional de modo a resgatar a sua contribuição na área
social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Segundo o
documento oficial a lei 10.639/03 [...] altera a lei n° 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação da rede de ensino
e a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira” e dar
outras providências, o documento ratifica mudanças na LBD que passa a vigorar
acrescida dos artigos 26A, 79A e 79B; visa também abranger estabelecimento
ensino fundamental, médio, oficiais e particulares, a fim de implantar no
currículo dessas instituições, conteúdos sobre o estudo da História da África e
dos africanos, da luta dos negros em terras brasileiras, da cultura negra
brasileira e do negro na formação da sociedade nacional.
Além
disso, insere no calendário letivo o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da
Consciência Negra”. Emana da sanção dessa lei a importância de uma ação
pedagógica na inserção dos valores referentes à história da África, da cultura
afro-brasileira tanto na dimensão ontológica quanto epistemológica da formação
do educando. Em 2008, a
lei 11.645 alterou a lei 10.639/03, incluindo o ensino da história e cultura
indígena nos currículos brasileiros de educação básica. Pois com a aprovação de
lei 10. 639/03 é obrigatório o ensino da história em todas as escolas de Ensino
Fundamental e Médio (Becini, 2004, p.48).
Desde
a formatação da lei 10.639/03, constatou-se uma intensidade na reivindicação de
direito, bem como de capacitação de profissionais em educação, para que se
efetivasse a lei, foi elaborado um parecer intitulado de “Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o
Ensino da História e Cultura afro-brasileira e africana”, cujo intuito é
regulamentar a lei 10.639/03, cumprindo o estabelecido na Constituição Federal.
“O ensino de história do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro” (Brasil, 1988).
As
políticas de ações afirmativas de reconhecimento e a valorização da cultura e
identidade buscam corrigir falhas do próprio estado no direito do cidadão,
eliminar discriminação e promover a inclusão social para todas nos sistemas
educacionais brasileiros (PCNS, 2005:5).
Nessa
perspectiva propõe-se a divulgação e produção de conhecimento, a formação de
postura e atividades e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu
pertencimento étnico-cultural, racial, - descendentes de africanos, povos
indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na
construção de uma sociedade democrática em que todos tenham oportunidade para
superar as desvantagens e desigualdades que atingem a pessoas pertencentes aos
grupos desfavoráveis, tendo os seus direitos garantidos e sua identidade
valorizada (Brasil, 2004).
6.
Procedimentos Metodológicos
As atividades a serem
apresentadas terão enfoque de caráter histórico de valorização da cultura
nacional e local construiremos a execução desse projeto da seguinte forma: No
primeiro momento, sugere-se capacitação para gestores, coordenadores e
professores.
Acredita-se
que só através do reconhecimento dos gestores, coordenadores escolares e
professores, em se preocuparem com os valores culturais das crianças,
objetivando valorizar o seu eu, o seu grupo étnico, a sua cultura, levando-os
aos seus ancestrais, a partir daí sim, terá uma educação produtiva, justa que
evita o comportamento inquieto e agressivo entre os alunos. Já que a visão da maioria dos professores é
de uma educação eurocêntrica.
A
partir daí, será oferecido aos professores, gestores e coordenadores,
orientações, para o desenvolvimento do trabalho com a referida temática.
No
segundo momento será reservado para o mapeamento das comunidades escolares,
procurando conhecer a realidade, para obtenção de dados referentes à proposta
do projeto, por acreditar que esta poderá fornecer informações relevantes
acerca da temática. Serão feitas, entrevistas, questionários com os
professores, alunos e funcionários da escola, coordenadores e gestores.
Através
dessas informações buscaremos ações concretas para a realização das atividades
propostas, procurando provocar os educadores para que se atentem ás mudanças
estruturais que acorrem na sociedade contemporânea e que os obrigam a reavaliar
a prática educativa buscando alternativas nas antigas práticas de ensino para
fortalecimento da escola e promoção da cidadania (Palmer, 2011).
Serão
trabalhadas também temáticas relacionadas às desigualdades de gênero,
sexualidade, diversidade religiosa, será feito comentários sobre as diversas
faixas etárias, criando situações de práticas de solidariedade e respeito ás
diferenças.
Tanto
em sala de aula com os professores, como nas apresentações de culminância dos
projetos realizados pelas escolas, poderão ser utilizados como instrumentos
didáticos: palestras, oficinas, seminários, exposições de documentos, fotos,
textos, apostilas, músicas, o livro didático, exibição de vídeos, filmes,
relacionados ao tema e discussão acerca do mesmo.
O
educador poderá também desenvolver as atividades escolar baseadas nos livros
didáticos ou material de apoio, e dessa forma, ver o que pode ser abstraído, aplicando-os
em sala de aula.
Deve-se
trabalhar o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, incluindo
assim diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da
população brasileira e da comunidade local, a partir desses dois grupos
étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos
negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira,
o negro e o índio na formação da sociedade nacional resgatando as contribuições
nas áreas sociais, econômicas e políticas, pertinentes à história do Brasil.
Sendo
que todos estes conteúdos serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar em especial nas áreas de educação artística de literatura e história.
No
âmbito local, podem ser trabalhados, o surgimento e a formação da cidade, a
cultura, patrimônio material e imaterial, as várias manifestações culturais e
as suas origens, identidade e música. Utilizar-se de pesquisas para o
desenvolvimento das atividades propostas, para que o educando possa reconhecer
a relevância da contribuição das várias sociedades para a formação e o
desenvolvimento da sociedade de Paratinga, destacando a importância da presença
dessas culturas na formação da sociedade local. O educador pode ainda,
trabalhar com a cavalhada destacando a sua cultura, seu significado, as folias
de reis os ternos de reis, o zabumba alecrim, o samba de roda, a filarmônica. Numa aula de campo, levar os alunos a ver
pessoalmente ou através de fotografias, casas, construções antigas. Dentro da
cultura negra, o Tomba, sua formação, como espaço de aprendizagem, os
remanescentes dos quilombos, através de filmes, ou entrevista com algum
quilombola. para que o educando possa entender a participação e a influência
dos povos negros na cultura local. Mostrar a Igreja de nossa Senhora do
Rosário, o que significou a mesma para muitas comunidades africanas, e o que
significa hoje para as comunidades negras e quilombolas, contemporâneas e
afrodescendentes, o que significou o sincretismo religioso para os africanos e
como ele está presente na cultura do povo brasileiro nos dias atuais e
obviamente na cultura local. O educador pode trabalhar com entrevistas com
personalidades que contam história oral sobre a cidade, como era, o
relacionamento com os vizinhos, a solidariedade etc. pode também dividir as
turmas e trabalhar com registros fotográficos culturais, ou produzir maquetes.
Ainda
nesse sentido, as atividades devem ser trabalhadas dando maior ênfase
especialmente nos meses de Maio e Junho, período em que acontecem as
festividades religiosas, e se faz anualmente várias apresentações culturais,
como a festa do divino, as trezenas do Santo Antônio, a marujada, a cavalhada,
São João e São Pedro e outros.
Para
trabalhar com a cultura local, podem-se utilizar textos ou pesquisas sobre a
cidade de Paratinga, origem e história.
E ainda pesquisas sobre aspectos políticos, sociais, demográficos e econômicos
do município através de impressos ou por meios eletrônicos (internet).
Para
ressaltar o assunto sugere-se ainda trabalhar com textos do livro “100 anos de
tradição e Cultura” de Dr Carlos Fernando Filgueiras Magalhães. Cuja introdução
é dedicada à história e o surgimento da cidade. Ou pode-se ainda complementar
com o texto de Evandro Brandão “Acalanto”, que pode ser trabalhado nas
seguintes disciplinas:
Ø Língua
Portuguesa – Trabalhar entrevistas sobre personagens que o autor relata ou
descreve no texto.
Ø Artes-
Escolher um dos personagens ou um parágrafo do texto para montar um cenário
através de pintura ou desenho.
Ø Redação
– Reescrever o texto utilizando os vários gêneros textuais, como narrativo,
descritivo ou argumentativo. Ou pode-se
também montar um teatro utilizando as personagens.
Ø Geografia – Através do texto, montar um
passeio turístico pelos lugares em que o autor descreve no texto. o tomba como
espaço de aprendizagem.
Trabalhar
com o DVD do projeto de João Pereira, “Cor e canto”, sobre os quilombos há DVDs
com projetos semelhantes, apresentados nessas comunidades.
As
atividades de oficinas e palestras com a coordenadora acontecerá quando houver
a solicitação pela direção ou coordenação escolar á secretaria da educação. Sendo
que os professores deverão dar prosseguimento à realização das atividades que o
professor deverá sugerir com antecedência, para que o aluno possa observar e
desenvolver as atividades propostas.
A
escola poderá desenvolver apresentações de palestras e oficinas na culminância
dos projetos, danças de diversos ritmos, como o ritmo afro ou indígena com
coreografia, bem como histórias clássicas às vezes modificadas como a “menina
bonita do laço de fita”, a capoeira, a cultura afro e européia.
Além
das várias atividades de exploração de histórias, listagem de personagens
poderá também construir um recital de poemas, leitura de música, quadrinhos
folclóricos, reconhecimento de letras, tentativa de escrita como habilidades de
expressão oral. Histórias adaptadas especialmente para esse projeto.
Poderá
ser a aproveitado alguma pessoa do lugar para falar sobre a história do bairro,
sobre o surgimento da localidade e etc.
Pretende-se
desenvolver um trabalho de valorização da diversidade cultural brasileira e local,
reforçando assim a ação pedagógica com palestras, oficinas, orientações, entre
outros.
Para
os alunos de outras comunidades (povoados municipais), quando produzirem textos
sobre a cidade, origem, história e cultura devem ser incentivados a fazerem uma
correlação da sua comunidade e cultura com a da cidade.
Com
a execução desse projeto, espera-se contribuir com o desenvolvimento de uma
educação que valorize as diferenças culturais existentes em nossa sociedade,
contribuindo assim para uma educação municipal mais humana e igualitária. Este
projeto é dinâmico, não encerra em si, está aberto para sugestões, opções de
atividades.
Contudo,
será feito um relatório de cada apresentação das atividades de oficina e
palestras em cada unidade e no final será feito uma exposição com atividades
realizadas nas escolas e pólos educacionais do município. Os resultados dos
mesmos serão expostos no mural do colégio pelos alunos. Esse trabalho tem
duração de 1 (um) ano. Todavia, pode-se dar
continuidade posteriormente.
7.
Recursos Humanos
Para
tal realização faz-se-a necessário recursos humanos; uma equipe de apoio
composta pelos coordenadores, professores, gestor escolar e outros
profissionais para dar suporte.
8.
Recursos Pedagógicos
1. Livros Didáticos e Paradidáticos
2. Jornais
e Revistas
3. Filmadora
4. Um
Aparelho DVD
5. Aparelho
de som
6. CD,
DVD, Filmes
7. Papel
ofício, Papéis Diversos
8. Pincel,
Lápis, Canetas
9. Data
show
10. Pen - drive
11. Fotografias
e Gravuras
12. Computador
com acesso a internet
9.
Abrangência
O
projeto terá caráter interdisciplinar, e deve-se adequar os assuntos á série,
abrangendo especialmente as disciplinas de História, Literatura e Artes, Também
em Geografia, Matemática, Sociologia, Ciências Biológicas, Língua Portuguesa.
.História:
Análise do processo histórico na construção da sociedade brasileira, conceito
de diversidade cultural – aspecto histórico, social, político e cultural. Em
âmbito local, trabalhar o surgimento e formação da cidade reconhecendo a
relevância da contribuição dos vários povos para a formação e desenvolvimento
da sociedade local, destacando a importância da presença das várias culturas na
formação da sociedade de Paratinga. Dentro da cultura, trabalhar patrimônio
material e imaterial, as várias culturas, as manifestações culturais, as suas
origens, identidade e diversidade musical
. Língua Portuguesa: leituras,
análise e construção de textos referentes á diversidade cultural e gêneros
diversos. A partir das leituras prévias propondo aos alunos que produzem poemas
e paródias, para socializar na culminância do projeto.
.Matemática:
Interpretar e montar gráficos, porcentagem sobre os índices de desigualdades
sociais e raciais baseados em dados estatísticos.
. Geografia: estudo de mapas e
gráficos a respeito das diferenças culturais e regionais.
.Artes:
elaboração e montagens de vídeos e construção de mural. Construção de maquetes
de casas antigas em áreas culturais. Produzir quebra-cabeça com imagens de
diversidade cultural.
Sociologia
no ensino médio: Estudar as desigualdades sociais e as
consequências das exclusões na vida dos indivíduos, bem como as políticas
públicas e os projetos que visam à inclusão social desta população. Pode-se
trabalhar com a música “Desigualdade Social” do Seu Jorge, depois de ouvir a
música e fazer a reflexão propor atividades questionando em âmbito individual e
coletivo o que pode nos ajudar a construir uma sociedade com mais chance de
oportunidades para todos?
.Literatura:
Literatura de cordel como incentivo, trabalhando com músicas de Luiz Gonzaga.
Ciências Biológicas: Aspectos
genéticos relacionados às diversas pigmentações da pele, bem como a pluralidade
racial.
1. Avaliação
As
atividades propostas e as oficinas a serem realizadas serão avaliadas, tendo um
olhar investigativo, questionador, atento ao trabalho metodológico e o
desenvolvimento do aluno na aprendizagem.
A
avaliação se dará por meio da observação, na participação, no envolvimento e
interesse dos educadores e educandos, demandado algum tempo, será feita uma
comparação do conhecimento que os atores tinham antes, coletadas nas
informações, e depois da participação das atividades propostas pelo projeto,
serão dados as condições necessárias para a realização da avaliação dos
resultados.
11.
Cronograma
1º
momento:
.
Apresentação do projeto no encontro pedagógico;
.Reunião
com os coordenadores internos para discutir o projeto;
.Reunião
com os coordenadores externos para discutir o projeto;
.Reunião
com os gestores escolar e coordenadores;
Apresentação,
orientação e divisão do projeto para as séries/ turmas;
2º Momento
Divisão
de materiais (revistas, textos, materiais, diversos e orientar aos
coordenadores com sugestões de desenvolvimento das atividades;
3º
Momento:
Apresentação
das oficinas, palestras nas escolas, com a presença dos coordenadores,
professores, alunos e comunidade;
4º
Momento;
Apresentação
e exposição do material produzido pelos alunos, na escola.
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hoje: história realidades, problemas e caminhos. – São Paulo: ação
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TEIXEIRA, Moema de Poli. Negros na
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Rio de Janeiro: Pallas, 2003.
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