segunda-feira, 22 de abril de 2013

Orientações para realização da Atividade Complementar (AC)



                                 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


Orientações para realização da Atividade Complementar (AC)                                       

A Atividade Complementar (AC) é um momento que faz parte do trabalho do educador, é um direito conquistado ao longo das lutas do movimento docente, particularmente nos anos de 1990. Estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96), a AC é o espaço/tempo para o diálogo, as vivências, a reflexão e a socialização das práticas pedagógicas e curriculares que orientam o planejamento, a avaliação e o acompanhamento à escola, garantindo aos educandos e educandas um percurso educativo digno e sem interrupções.

A AC é também espaço de formação continuada e de desenvolvimento de estratégias pedagógicas para a garantia do direito à educação e ao direito de aprender. A atividade fundamental da escola, AC deve ser planejada durante a Jornada Pedagógica inserida no plano anual da escola e articulada aos planos de curso dos professores.

Para tanto, é necessário que a equipe gestora, ao definir as ações de natureza administrativo-financeira,garanta as condições necessárias ao trabalho pedagógico planejado pelos professores. Daí, a importância do planejamento do ano letivo ser realizado coletivamente e com base em dados e informações que revelem as necessidades fundamentais da comunidade escolar.

A equipe gestora exerce um papel fundamental para que a Atividade Complementar aconteça de forma efetiva, ou seja, com freqüência, com a participação de todos, cumprindo a carga horária estabelecida pela legislação, o que prioriza a melhoria dos indicadores educacionais e garante um percurso educativo digno.

Operacionalização das atividades complementares (AC) na escola.

O plano anual da escola, o plano de curso dos professores, o plano da equipe gestora, o PPP e os índices educacionais da escola são instrumentos que devem articular-se entre si e pautarem a escola na organização do trabalho pedagógico. Tais instrumentos auxiliam a unidade ou coletivo da escola no entendimento de sua dinâmica e na estruturação e operacionalização.

Organização do trabalho docente–

O estatuto do magistério estabelece que o professor com carga horária de 20 horas semanais organiza seu tempo da seguinte forma: 14horas em sala de aula; 4 horas de AC; e 2 horas a ser trabalhadas fora ou dentro da escola.

No caso do ensino fundamental I sugerimos que o planejamento seja feito na sexta-feira das 10hs às 12hs.



Periodicidade –

Por lei, a AC deve ser realizada semanalmente.

Formas de organização

Recomenda-se que a escola faça o máximo esforço no sentido de realizar o AC com o coletivo da escola. Este é o momento propício para pensar a escola, os educandos, e o processo de ensino aprendizagem. Trabalhando coletivamente os educadores terão mais possibilidades de refletir sobre o conhecimento de forma integral e não apenas os conteúdos de cada disciplina. Essa forma de estruturação da AC constitui-se em terreno fértil para elaboração de estratégias, projetos, ações, e atividades interdisciplinares, abrindo caminhos para práticas curriculares inovadores.

Caso a escola não consiga reunir o coletivo de educadores para realizar a AC sugere-se que seja organizada por área de conhecimento; por disciplinas afins; ou áreas de atuação (Níveis de ensino, etapa, séries ou modalidades).

É imprescindível que a escola mobilize os educadores para sistematizar e refletir sobre as questões de aprendizagem, destacando-se o desempenho dos educandos e educandas quanto às competências e habilidades na área de leitura e escrita e do raciocínio lógico matemático.
Com isso não se quer dizer que a escola deva perder de vista a formação integral e integrada do sujeito.

Registro e publicização das Atividades Complementares da escola –

Dada a importância dessa atividade, a escola deve manter um livro de ata para o registro de cada momento em que a AC foi realizada. Além de informações técnicas como data, horário, duração, número de participantes, assinatura dos participantes e do gestor da escola, a ata deve conter de forma detalhada as questões abordadas, as decisões e os encaminhamentos dados.
Esse registro deverá ser mantido nos arquivos da unidade escolar e retomado nas AC.



Adaptação extraída do texto:Orientações para realização da Atividade Complementar, no estado da Bahia. Disponível em: http://educar.sec.ba.gov.br/jornada/wp-content/uploads/2011/10/Orientacoes_Atividade_Complementar_2012.pdf

sexta-feira, 19 de abril de 2013

COMO MOTIVAR OS ALUNOS PARA A APRENDIZAGEM




ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA MOTIVAR OS ALUNOS PARA A  APRENDIZAGEM 

O professor na sala de aula é um líder, pois procura influenciar os seus alunos para que estes se interessem pelas aulas, estejam atentos, participem, apresentem comportamentos adequados e obtenham bons resultados.
Para isso, (ABREU, 1996; CARRASCO e BAIGNOL, 1993; JESUS, 1996B; LENS e DECRUYENAERE, 1991), sugerem  ao professor:
• manifestar-se entusiasmado pelas atividades realizadas com os alunos, constituindo um modelo ou exemplo de motivação para eles;
• Explicar, logo no início do ano letivo, o “porquê?” da sequência dos conteúdos programáticos da disciplina que leciona, levando os alunos a aperceberem-se da coerência interna entre as matérias a aprender e a adquirirem uma perspectiva global dessas aprendizagens;   
• explicitar o “para quê?” das matérias do programada disciplina que leciona, em termos da sua ligação à realidade fora da escola e da sua relevância para o futuro dos alunos;
• salientar as vantagens que poderão advir para a vida futura dos alunos se estudarem, comparativamente às desvantagens se não estudarem, embora atualmente haja uma grande incerteza quanto às possibilidades de concretização dos projetos pessoais;
• procurar saber quais são os interesses dos alunos e o nome próprio de cada um deles;
• utilizar recompensas exteriores ao gosto e à competência que a realização das próprias tarefas poderiam proporcionar, indo ao encontro dos interesses dos alunos, apenas no início do processo de ensino-aprendizagem e quando os alunos apresentam uma motivação muito baixa;
• deixar os alunos participarem na escolha dos projetos e tarefas escolares, sempre que possível;
• criar situações em que os alunos tenham um papel ativo na construção do seu próprio saber (de acordo com o provérbio “se ouço esqueço, se vejo lembro, se faço aprendo”); Ex.: (promover o trabalho em equipe na sala de aula de modo que os alunos produzam evitando aulas somente expositivas.)
• aproveitar as diferenças individuais na sala de aula, levando os alunos mais motivados, com mais conhecimentos ou que já compreenderam as explicações do professor a apresentarem os conteúdos aos outros alunos com mais dificuldades, contribuindo para uma maior compreensão e retenção da matéria por parte de todos.
 • incentivar diretamente a participação dos alunos menos participativos, através de “pequenas” responsabilidades que lhes possam permitir serem bem sucedidos; (favorecer a oralidade dos alunos.)
• fomentar o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, através de estratégias de trabalho individual e de trabalho de grupo; (Ex.: produção de textos pela turma partindo da temática de um projeto trabalhado, independentemente da disciplina ser ou não língua portuguesa.)
• utilizar metodologias de ensino diversificadas e que tornem a explicação das matérias mais clara, compreensível e interessante para os alunos; Ex.: ( Utilizar slides em powerpoint com imagens que possam relacionar o conteúdo com a realidade dos alunos, vídeos, cartazes, músicas, etc.);
• estabelecer as relações entre os novos conteúdos e os conhecimentos anteriores; ( Ex.: propor desafios para que os alunos respondam individualmente, ou por equipe, com base em pesquisas extra-classe. Lembrando que esta pesquisa deve ser orientada pelo professor, com um roteiro. Portanto, o aluno deve seguí-lo sem fugir do objetivo, isso evita “cópias”. Além disso, o professor estimulará a capacidade de sintetizar textos a partir das ideais principais.)   
• partir de situações ou acontecimentos da atualidade ou da realidade circundante para ensinar as matérias aos alunos;
• criar situações de aprendizagem significativas para os alunos, contribuindo para uma retenção das aprendizagens a médio/longo prazo; ( Ex.: a realização de seminários, nos quais os alunos exporão oralmente, (“sem ler no papel”), os conteúdos pesquisados.
• evitar levar o aluno a estudar apenas na perspectiva do curto prazo porque vão ser avaliados;
• diminuir o significado ansiógeno dos testes de avaliação, contribuindo para o potencializar das qualidades dos alunos, para um maior empenho destes noutras tarefas escolares e uma menor ansiedade face às provas de avaliação; Ex.: ( Preparar psicologicamente os alunos para as avaliações externas).  
• proporcionar vários momentos de avaliação formativa aos alunos, levando-os a sentirem satisfação por aquilo que já conseguiram aprender e motivação para aprenderem as matérias seguintes; Ex.: (Isso ajudará no conselho de classe).
• reconhecer o progresso escolar dos alunos, comparando os seus conhecimentos atuais com os seus conhecimentos anteriores, levando-os a percepcionar as melhorias ocorridas e a acreditar na possibilidade de ainda poderem melhorar mais os seus desempenhos se se esforçarem;
• ter confiança e otimismo nas capacidades dos alunos para a realização das tarefas escolares, explicitando-o verbalmente; aumentando a sua autoconfiança, nível de excelência e “brio” na realização escolar;
• promover a realização de tarefas de um nível de dificuldade intermediário aos alunos, pois as tarefas demasiado fáceis ou demasiado difíceis não fomentam o envolvimento do aluno, nem a percepção de competência pessoal na sua realização;
• levar os alunos a atribuir os seus fracassos a causas instáveis (por exemplo, falta de esforço) e não a causas estáveis (por exemplo, falta de capacidade), de forma a que aumentem as expectativas de sucesso e o empenho em situações futuras;
• Desmistificar crenças inadequadas sobre os resultados escolares que os alunos possuam e que possam  contribuir para um menor esforço ou empenho nas atividades de estudo (por exemplo, “o professor não gosta de mim e, logo, não vou conseguir obter boa nota”);
• ajudar os alunos a aproveitarem o esforço dispendido nas tarefas de aprendizagem, através do desenvolvimento de competências de estudo, pois “mais vale estudar pouco e bem do que muito mas, mal. (Orientar os alunos a terem horário  definido de estudos, todos os dias, em local silencioso.)
Trecho adaptado do artigo disponível em:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/2753/2101

ESTRATÉGIAS PARA A PRODUÇÃO DE TEXTO E LEITURA EM TODAS AS DISCIPLINAS.





Considerando que ler e interpretar deve ser competência de todas as disciplinas, listamos algumas sugestões de trabalho:

·   Determine alguns minutos da sua aula para que os alunos leiam um texto do livro didático. Depois oriente os alunos à:
-Fazer perguntas sobre o texto, tentando respondê-las.

- Ler novamente se não compreendeu o texto.
- Destacar as idéias principais do texto;
- Repetir o que foi lido usando suas palavras. (oralmente ou em outros momentos por escrito.)
- Grifar palavras desconhecidas e procurá-las no dicionário. (Lembrar que disciplinas como ciências, química, física, biologia, etc, possuem linguagem específicas as quais o aluno precisa se apropriar. )
·         Leve para a sala de aula notícias jornalísticas,  ou poemas, relacionados ao tema, quando possível.
·         Utilize músicas para serem ouvidas e depois trabalhe a interpretação da letra.
·         Destacar e trabalhar termos desconhecidos pelos alunos. Incentive os alunos a usarem o dicionário.
·         Após trabalhado o conteúdo oriente aos alunos a construírem artigos de opinião sobre a temática trabalhada. (Ver material das Olimpíadas de L. Portuguesa. )
Por: Evanilde Gomes.


COMO MOTIVAR OS ALUNOS PARA A DISCIPLINA NA SALA DE AULA





ESTRATÉGIAS PARA MOTIVAR OS ALUNOS PARA A DISCIPLINA NA SALA DE AULA 

Apresentamos algumas das estratégias que os professores podem utilizar para prevenir e gerir situações de indisciplina dos alunos:

• Manter-se sempre calmo, sereno e seguro, no sentido de modelar o comportamento dos alunos;
• Ser flexível, desde que coerente e estável, na forma de atuação, podendo alguma surpresa no comportamento do professor em relação aos alunos permitir uma maior eficácia na influência sobre estes (por exemplo, o professor pode aproveitar e manifestar humor na algumas situações inesperadas em vez de ficar perturbado com elas);
• Evitar confrontos desnecessários, sendo mais tolerante (por vezes, é preferível que o professor faça que não percebe ou que deixe passar algumas situações menos graves do que tentar controlar todas as situações, pois pode perder a eficácia na atuação quando realmente se justifica intervir);
• Nunca se esquecer que também já foi aluno, criança ou adolescente, e que também gostava de brincar e conversar;
• Evitar categorizar ou rotular os alunos indisciplinados, pois pode contribuir para a manutenção do comportamento destes. (por exemplo, não dizer “ Tinha que ser você !”);
• Não se distanciar dos alunos indisciplinados, apenas estabelecendo relação com eles quando apresentam comportamentos de indisciplina, pois nenhum aluno é sempre indisciplinado durante todos os minutos em que decorrem as aulas;
• Tendo em conta que os comportamentos de disciplina também podem ser aprendidos, enfatizar os aspectos positivos do comportamento e da aprendizagem dos alunos, encorajando os seus progressos e fomentando uma expectativa de autoconfiança (por exemplo, dizer “sei que você é capaz”), não estabelecendo interação apenas quando o comportamento é incorreto ou quando há insucesso na aprendizagem;
• Dialogar com os alunos indisciplinados, procurando compreender os motivos que estiveram na base dos comportamentos identificados e fazendo com que estes alunos também compreendam o papel do professor, mas sobretudo que o professor também é uma pessoa (também é “de carne e osso”) que deve ser respeitada;
• Fazer com que os alunos voltem a acreditar que podem vir a alcançar resultados escolares positivos; ( os alunos indisciplinados quase sempre tem baixa auto estima). 
• Delegar funções de “assistente” ou líder informal da turma, para a gestão da indisciplina na sala de aula; 
• Repreender os alunos em particular quando tal atitude é efetivamente necessária; (Previsto no Conselho de classe).
• Identificar os casos de alunos com problemas familiares (por exemplo, agressividade na família ou alimentação deficiente) e tentar contribuir dentro do possível, para a resolução de tais situações;
• Fazer com que os próprios alunos identifiquem os comportamentos a corrigir, no sentido de os responsabilizar e de os levar a desenvolver uma “disciplina interior”. Aliás, o desenvolvimento da autodisciplina deve ser o objetivo de qualquer estratégia para gerir a indisciplina dos alunos; (ARENDS, 1995; ESTRELA, 1992).








COMO TRABALHAR A ORALIDADE NA SALA DE AULA


 








O professor de qualquer disciplina deve trabalhar a oralidade em sala de aula, pois entre outros motivos, a oralidade se constitui um importante recurso para o exercício da cidadania, além de também estar previsto nos PCNs em todas as modalidades ( do Ensino Infantil ao E. Médio). Diversas atividades podem ser oportunizadas, desde o diálogo direcionado durante a aula como:  

• Organizar um seminário sobre temas de interesse da classe ou a que estiver sendo abordada nos conteúdos.
• Organizar uma mesa-redonda para debater determinada questão polêmica. Envolver alunos de toda a escola e se possível convidar alunos de outras escolas.
• Organizar e participar de um debate sobre determinado tema de relevância social (como preconceito racial, internacionalização da Amazônia, trabalho infantil, aborto, entre outros). 

O SEMINÁRIO COMO TÉCNICA DE ENSINO 

O seminário pode ser utilizado como importante ferramenta de ensino com o objetivo de desenvolver a oralidade e ainda o aprofundamento teórico em determinado tema. Por isso, deve estar na sala de aula de qualquer disciplina. No entanto, o professor deve saber como planejá-lo.
Vale lembrar que o seminário é um gênero oral e portanto exige que o professor oriente os alunos desde como pesquisar o tema até como se portar na hora de expor o conteúdo. 

1 ETAPA: Dividir a turma em grupos por tema. - Depois dividir cada grupo os subtemas que se pretende abordar. O professor deve direcionar os subtemas mais importantes. Cada participante deve ter um subtema. 

2 ETAPA: Orientar a pesquisa do tema - Fornecer material, indicar livros, sites, etc. Incentivar a leitura sobre o tema, identificando as informações mais importantes do tema. São essas informações que serão ditas no seminário, portanto, elas devem ser selecionadas e anotadas. Fazer com que os alunos percebam que eles precisam dominar o assunto do qual vão falar. Isso é importante para que ele tenha segurança ao expor. 

3 ETAPA: Preparar a apresentação - Mostrar aos alunos como fazer um esquema com tópicos para que ele não esqueça as informações selecionadas, mas apenas tópicos e não o texto todo. (Evitar o chamado “leminário” ). O aluno que está apresentando um seminário deve olhar a fichinha ler um tópico e falar sobre ele olhando para a plateia. Por isso deverá estudar  bem seu subtema. O professor deverá estipular um tempo para a apresentação para que o aluno se organize melhor. (Sugestão: 3 minutos por participante), mas isso depende do tema e do aprofundamento que se deseja.
O material de apoio para a apresentação: cartazes ou slides, devem ser produzidos com cuidado. Por isso, o professor precisa orientar a confecção. Somente tópicos e imagens devem aparecer tanto nos slides quanto no cartaz. Eles servem para guiar a fala do apresentador e não para ser lido o tempo todo. ( Além de cansativo, a plateia não costuma prestar atenção).

4 ETAPA: Ensaio – Essa etapa é importante para treinar os alunos, e dar oportunidade de corrigir falhas. Observar se a fala está dentro do tempo estipulado, se tem informações demais ou de menos. Se o grupo pode se reunir em casa, ótimo. Caso contrário, combinar com os alunos o dia do ensaio, separadamente, na sala, no pátio, etc. O professor não precisa assistir o ensaio. Sensibilizar os alunos quanto ao cuidado de:       - Usar a língua formal;  (Evitar o “né?” “tipo assim”)
 - Não falar baixo demais;
- Falar pausadamente. 

Percorrendo estas etapas seus alunos se apropriaram de uma das mais importantes habilidades de comunicação: a expressão oral. Então, mãos à obra colegas!
Texto produzido por: Evanilde Gomes.  

O DEBATE COMO TÉCNICA DE ENSINO







Como ensinar o debate em sala de aula: um modelo didático
Como o debate é um gênero oral, é mais difícil se construir um modelo que leve em consideração todas as etapas que devam ser cumpridas no ensino desse gênero textual.
Mesmo assim, vamos tentar didatizar este gênero a fim de facilitar a depreensão de suas estruturas para que elas possam servir de modelo para os alunos no momento em que necessitarem construir uma situação real ou simulada de debate.
1º passo: Atividades prévias (para depreensão do modelo)
• Levar os aprendentes a participarem como ouvintes a uma série de debates para que eles possam perceber as características em comum de diversos eventos dessa natureza (dar referências de debates televisivos e/ou levar um modelo gravado para a sala de aula);
• Evidenciar para os aprendentes que a variante lingüística utilizada em um debate é a variante mais aproximada da linguagem formal. Embora tenha características próprias da oralidade, o discurso deve ser claro e sem atropelos, evitando-se idéias repetidas;
• Diferenciar o gênero debate de outros gêneros orais públicos como as mesas redondas ou painéis, por exemplo;
• É importante também evidenciar que o debate só é possível quando há oposições de pontos de vista sobre um determinado assunto;
• Deixar claro que uma das regras principais dentro de um debate é o respeito ao outro debatedor. Deve-se escutar com respeito seus pontos de vista e apresentar os seus também de modo respeitoso para não ofender o outro. A oposição é de idéias, não de pessoas. Essa e as outras regras definidas no momento de preparação do debate devem ser rigorosamente seguidas;
• Enfatizar que no decurso do debate, um dos interlocutores pode ser convencido pelo outro, ou ainda, é possível que ambas as partes aceitem os argumentos do outro lado (mesmo que parcialmente) e repensem suas opiniões. Mesmo que isso não aconteça, o importante é que um debate serve para se conhecer os diferentes pontos de vista sobre determinado assunto para todos os participantes (para quem debate e também para quem assiste).
2º passo: Atividades de preparação (para o planejamento de um debate em sala de aula)
Nesta etapa, as decisões devem ser tomadas na sala de aula por todos os envolvidos (alunos e professores)
• Definição de:
Tema; Participantes (2 ou mais pessoas que tenham pontos de vista diferentes sobre determinado assunto);
 Mediador e  Público interessado (estabelecer o papel de um público interessado para o auditório);
• Delimitação das regras (que podem variar de acordo com cada situação):
 Antes da discussão cada debatedor exporá sua opinião (3 min.);
 Cada debatedor faz a apreciação da fala inicial de 1 dos seus interlocutores, iniciando assim a discussão (3 min.);
 O interlocutor citado pode pedir a réplica (2 min.);
 Cada participante só poderá falar na sua vez e não deve exceder o tempo estipulado e deve sempre atender ao mediador;
 Após o debate, o público poderá fazer perguntas diretas, de forma oral, a qualquer dos debatedores. O tempo para essa etapa será de 10 minutos;
 Cada debatedor inquirido terá 1 minuto para dar sua resposta.
• Determinar tempo para a preparação dos debatedores = 1 semana
 Esse tempo servirá para os alunos, que irão debater, estudar para se aprofundar no assunto e selecionar bons argumentos para o debate. O debatedor deve se preparar para possíveis perguntas e contestações que possam vir dos seus oponentes e/ou da platéia.
3º passo: O debate (interação em sala de aula) - Um modelo de roteiro a ser seguido
• Abertura: (etapa cumprida pelo mediador)
 Cumprimento ao público
 Exposição do tema (motivo do debate)
 Explicitação das normas previamente estipuladas
 Apresentação dos debatedores
• 1ª Fase:
 Mediador passa a palavra a um dos debatedores;
 Retoma a palavra e a passa ao outro debatedor;
(ambos devem falar somente o tempo estipulado) cumprimento e exposição cada um (nesse 1º momento, os debatedores somente devem expressar seus pontos de vista sem mencionar seus interlocutores)
• 2ª Fase:
 Mediador retoma a palavra e a repassa novamente para o primeiro debatedor para que ele comente a exposição do oponente;
 Nesse momento pode ocorrer a réplica;
 Mediador inverte as posições entre os debatedores: o 2º faz comentário e o 1º a réplica.
• Participação da Platéia:
 Momento da interferência da platéia aos debatedores (10min). Estes terão 1 minuto para responder a cada questionamento.
• Recapitulação:
 Breve comentário de cada debatedor (2min);
 Síntese do debate pelo mediador.
• Conclusão:
 Mensagem final (pelo mediador)
• Agradecimentos:
 Do mediador para os participantes (debatedores e platéia).
Obs.: Se possível, o trabalho pode ser gravado para que se faça a avaliação dele. Essa avaliação não deve necessariamente ser feita somente pelo professor, toda a turma pode participar desse processo ao analisar o comportamento de todos no momento da interação.
MESTRANDA:Rosália de Oliveira Soares. Disponível em: http://rosalia0605.blogspot.com.br/2010/03/como-ensinar-o-debate-em-sala-de-aula.htm

quinta-feira, 18 de abril de 2013


INSTRUMENTO PARA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ANUAL  DA ESCOLA

ESCOLA:
LOCALIDADE:
DIRETOR:
COORDENADOR:

1 – Definam quais  são os objetivos que a escola pretende alcançar neste ano letivo:









2 -  Quais as ações que serão realizadas para alcançar estes objetivos?








3 – Quais são as metas possíveis de serem alcançadas referentes aos objetivos?








4- Quais são os projetos que deverão ser realizados durante o ano letivo? Definam e montem um cronograma.  







  • ( O tema diversidade étnico-racial é obrigatório ). 
5 – Quais são os momentos pertinentes às reuniões de pais? Definam datas.


6 – Como deverá ser atribuída a nota aos alunos? Discutam e definam um modelo único para a escola.






ROTEIRO PARA O DIAGNÓSTICO:
1-      Qual o contexto histórico no qual a escola esta inserida? Descreva as características da localidade, dos alunos, dos professores, etc.








2 - Quais são os recursos  materiais que a escola dispõe? Liste-os.


    

    3 -  Quais são os espaços que a escola possui?



    4-  Façam um levantamento das taxas de  repetência dos últimos 2 anos por série.
2011
E. I
1ano
2ano
3ano
4a
5a
6a
7a
9a
1EM
2EM
3EM
TOTA
L
2012





















TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS


Objetivo: Oportunizar a produção de textos de diferentes gêneros na sala de aula.

Justificativa:

Os gêneros do discurso são  elementos fundamentais no processo de produção de textos, porque são os responsáveis pelas formas que estes assumem. Qualquer manifestação verbal organiza-se, inevitavelmente, em algum gênero do discurso, seja uma conversa de bar, uma tese de doutoramento, seja linguagem oral ou escrita. 
Os gêneros são, portanto, formas de enunciados produzidas historicamente, que se encontram disponíveis na cultura, como notícia, reportagem, conto (literário, popular, maravilhoso, de fadas, de aventuras...), romance, anúncio, receita médica, receita culinária, tese, monografia, fábula, crônica, cordel, poema, repente, relatório, seminário, palestra, conferência, verbete, parlenda, adivinha, cantiga, anúncio, panfleto, sermão, música, entre outros.
Os gêneros se caracterizam pelos temas que podem veicular, por sua composição e marcas lingüísticas específicas. Assim, não é qualquer gênero que serve para se dizer qualquer coisa, em qualquer situação comunicativa.
Se alguém pretender discutir uma questão polêmica, como a descriminalização das drogas ou a pena de morte, precisará organizar o seu discurso em um gênero como artigo de opinião, por exemplo. É o gênero que pressupõe a argumentação a favor ou contra questões controversas, mediante a apresentação de argumentos que possam sustentar a posição que se defende e refutar aquelas que forem contrárias àquilo que se defende.
Por outro lado, se a finalidade for relatar um fato ocorrido no dia anterior, certamente a notícia deverá ser o gênero escolhido. Se o que se pretende é orientar alguém na realização de determinada tarefa, pode-se escrever um manual ou relacionar instruções, por exemplo. Se a intenção for apresentar algum ensinamento por meio de situações exemplares, colocando animais como protagonistas para representar determinadas características humanas, então a fábula é o gênero mais apropriado.
Portanto, saber selecionar o gênero para organizar um discurso implica conhecer suas características, para avaliar a sua adequação aos objetivos a que se propõe e ao lugar de circulação, por exemplo. Quanto mais se sabe sobre esse gênero, maiores são as possibilidades do discurso ser eficaz.
Dessa forma, a proficiência do aluno em Língua Portuguesa depende também do conhecimento que ele tem sobre os gêneros e de sua adequação às diferentes situações comunicativas. Suas características, portanto, devem ser objeto de ensino e tema das atividades que se organizar.

OBJETIVOS:

• Aperfeiçoar o desempenho linguístico do aluno tanto em sua modalidade escrita como oral:
• Desenvolver estrutura lógica do raciocínio, despertando e aguçando a sensibilidade, estimulando o ato criador;
• Incentivar a expressão oral do aluno, valorizando-o independentemente da variante linguística em que o mesmo se manifestou;
• Ler para entender o mundo através dos olhos dos autores (alunos) e da vivência dos personagens, adquirindo, também vocabulário e maneira adequada para expressar;
• Vivenciar as produções e leituras trabalhadas em sala de aula;
• Reestruturar a produção de texto, valorizando o texto como um todo, tendo princípio, meio e fim;
• Estabelecer uma efetiva relação da Língua Portuguesa com as demais matérias do currículo;
• Interpretar, dramatizar sempre que necessário;
• Proporcionar um ambiente onde os alunos irão querer escrever e aprender sobre o processo de escrever, cercando-o com material interessante e variado (livros, revistas, anúncios, músicas anedotas, cartum, tirinhas ou histórias em quadrinho, etc).

Público Alvo: As atividades podem ser adaptadas para qualquer série.

Desenvolvimento:
As atividades deverão ser selecionadas conforme as necessidades de cada turma e série. 

1 -VINCULAÇÃO DA LINGUAGEM ORAL À ESCRITA

Para permitir uma reflexão sobre a diferença entre a fala e a escrita, o professor pode pedir que um aluno conte (oralmente) uma notícia, para gravá-la e depois transcrevê-la no quadro, exatamente do modo como o aluno falou. Em seguida, professor e alunos fazem uma reflexão sobre o que precisa ser mudado para que o texto adquira uma forma escrita convencional, que a torne compreensível. O professor deverá ler os textos em voz alta e fazer comentários sobre vários aspectos:
* como as palavras foram pronunciadas;
* como são escritas;
* como colocar parágrafos e ponto final;
* qual é o começo, meio e fim;
* como são as personagens;
* como melhorar a redação do texto,  trocando palavras e melhorando a pontuação.

2 –REESTRUTURAÇÃO

A reestruturação do texto é um trabalho coletivo, que envolve a classe toda ou um grupo de alunos. Consiste em “retocar aqui e ali” um texto ainda não codificado e com problemas de codificação e pontuação. Sob orientação do professor, o grupo discute uma proposta de reestruturação, que não significa mudar o conteúdo nem mudar palavras e expressões, mas apenas a forma. Modifica-se o vocabulário e a estrutura frasal o suficiente para tornar o conteúdo mais claro e coerente. O trabalho central é a pontuação e a paragrafação. Pede-se para que o aluno observe o mesmo texto antes e depois da reestruturação.

3- PRODUÇÃO ESCRITA :

•  Organize um jornal mural em que se elaborem comentários críticos sobre as principais polêmicas do mês. Trabalhe o gênero notícias (produzidas individualmente ou por equipe).
•  Orientar a produção  resenhas críticas das obras lidas ou observadas (imagem).
4 - TEXTO COLETIVO:
Esta  atividade consiste em criar um texto  com a participação de todas os alunos, a partir de um tema gerador.
O grupo elegerá um componente que  irá mediar a fala dos demais e será o redator do texto. Este escreverá o texto no papel e  “negociando” suas interferências organizando quanto à composição geral do texto.
Depois de pronto, o texto é escrito numa folha de papel pardo ou cartolina e fixado na parede, tornando-se referencial para outras atividades. Ou pode-se apenas fazer a leitura oral para a turma.

5 - COLE NA SEQUÊNCIA CORRETA:

A atividade consiste em o professor recortar um texto em parágrafos e depois pedir a turma, dividida em equipes, para colocá-lo na seqüência correta. O professor pode também acrescentar um parágrafo de outro texto, para que os alunos o identifiquem como não pertencente ao texto.

6 – OFICINA DE POEMAS:

Traga para a sala de aula vários poemas. Procure diversificar autores, estilos e temas. Faça um mural com eles ou afixe-os no quadro. Solicite aos alunos que escolham uma das poesias do mural. Após uma leitura, peça para representarem em uma folha, com linhas, traços e cores, o que sentiram ao ler a poesia.
Cada aluno pode mostrar seu desenho para a classe, e você, professor, pode conversar com o grupo, mostrando a variedade dos sentimentos, que não tem certo ou errado, apenas sentimentos diferentes, pois somos diferentes. E no nosso dia-a-dia, quais os sentimentos que aparecem? Raiva, medo, alegria, desânimo, esperança, amor... Quando sentimos cada um deles?
Faça junto com seus alunos uma lista dos sentimentos que apareceram na conversa, escrevendo-os no quadro. Cada aluno deve escolher o sentimento com que mais se identifica no momento. Peça, então, para fecharem os olhos e pensarem em palavras soltas que se relacionem com esse sentimento.
Após alguns minutos, cada um vai escrever as palavras em que pensou, o que sentiu. Os alunos devem agora se juntar em pequenos grupos, de acordo com o sentimento que escolheram. A idéia é tentar criar um poema a partir do sentimento, afinal já podemos nos arriscar a produzir poesia. As palavras escritas de cada um podem ajudar a compor o poema do pequeno grupo. Peça que releiam o que escreveram. Dá para intensificar a sonoridade? Solicite a eles que pensem em uma forma de apresentar os poemas criados. ( Apresentação das declamações. )

7 – HISTÓRIA NA CAIXA.

Tire uma cópia de xérox de um texto narrativo, um conto de preferência.
Recorte-o em pequenos trechos e coloque-os em uma caixa;
Divida os alunos em grupos e deixe que os alunos retirem um papelzinho com um trecho.
O grupo deverá ler o trecho e discutir o que pode ter ocorrido antes e depois daquele trecho;
O professor deverá perguntar aos grupos:
- Qual grupo está com o trecho inicial do conto? Como chegaram a esta conclusão? O alunos deverão levar o trecho e pregar no quadro. Um aluno fará a leitura do trecho. O professor perguntará ao grupo, qual será o próximo trecho? Continuar pedindo que os grupos leiam e vão encaixando os trechos até chegar ao final respeitando a estrutura específica do conto. 

AVALIAÇÃO:


Professor, avalie se durante as etapas de produção dessa proposta todos os alunos estiveram envolvidos e comprometidos. Avalie quanto à produção textual escrita, tanto individual quanto em grupo, observe se os textos criados ficaram bem estruturados, se foram escritos com clareza, coesão e coerência. A maneira de atribuir a nota fica a seu critério. ( Dentro da porcentagem dos 40%). Por fim, permita que os alunos se avaliem sua própria participação e falem sobre o seu nível de satisfação em relação à forma como o conteúdo foi trabalhado.
A avaliação formativa visa avaliar não apenas o resultado final, mas todo o processo. Sendo assim, estas atividades desenvolvidas em sala de aula podem ser avaliadas através do olhar atento do professor, conforme os objetivos de cada série. 

OBS: Este material é mais um modelo oferecido pelos coordenadores da SME com a finalidade de inspirar novos projetos.